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Bertolini implanta novo Data Center em Bento Gonçalves

| Transportes Bertolini

A edificação, de características bastante peculiares, foi projetada e construída ao lado do prédio administrativo corporativo da unidade de Bento Gonçalves, e serve como infraestrutura para comportar todos os sistemas informatizados em uso diariamente pelos milhares de colaboradores, fornecedores e clientes.

O Data Center possui área interna útil de 80 m², subdivididos em acesso, salas detelecom, equipamentos e UPS (Uninterruptible Power Supply ou fonte de alimentação ininterrupta).

Este minucioso projeto surgiu da necessidade em aprimorar a infraestrutura de TI elevando-a para um novo patamar, compatível com as exigências atuais e futuras do negócio e assegurando completo alinhamento com as normas técnicas internacionais para este tipo de ambiente. Ao todo o projeto contemplou sete fases: análise de risco, elaboração do projeto, seleção de fornecedores, execução, entrada em produção, operação e manutenção preventiva/corretiva.

Durante o ano de 2010 foi elaborado, com apoio de consultoria especializada, uma análise de risco com o objetivo de mapear a situação em que o ambiente se encontrava e propor melhorias. Este trabalho gerou subsídios para a aprovação dos investimentos necessários, definição do caminho a ser seguido e o local para a construção, anúncio este que foi realizado durante a convenção anual do ano de 2011. Em seguida foram iniciados os trabalhos de elaboração dos projetos de arquitetura e engenharia, bem como a elaboração das RFP (request for proposal ou solicitação de propostas) onde os fornecedores adequados foram selecionados. Em janeiro de 2012 iniciou-se a preparação do terreno e parte civil da obra. Paralela à execução civil foram iniciadas as negociações e aquisições dos demais equipamentos, insumos e serviços necessários ao ambiente, garantindo que fossem entregues conforme a sequência cronológica de instalação, principalmente os dependentes de trâmites de importação.

No dia 19 de outubro de 2013 uma força tarefa que envolveu a equipe de TI e fornecedores durante aproximadamente 14 horas culminou no sucesso da movimentação de todos os servidores, sistemas de armazenamento, links de comunicação e demais ativos do antigo para o novo local, onde seguem operando desde então.

Atualmente o Data Center se encontra na fase de operação e consiste em um local dotado de grande grau de automação e pró-atividade onde são realizadas manutenções preventivas e simulações periódicas em vários subsistemas, assegurando que permaneçam em operação conforme as características de alta disponibilidade e segurança para o qual o ambiente foi projetado. Considerando as atuais taxas de crescimento, o novo Data Center será capaz de suportar as ampliações e demandas da próxima década das Empresas Bertolini.

O Data Center foi projetado e construído segundo a norma americana ANSI/TIA 942 (Telecommunications Infrastructure Standard for Data Center ou Infraestrutura de Telecomunicações para Data Centers) que atende aos principais requisitos de uma solução de alta disponibilidade Tier III (camada três, uma escala de classificação que vai de um a quatro, onde o Tier I é adotado em ambientes simples e aumenta conforme o nível de sofisticação do projeto), de acordo com a determinação do Uptime Institute (orgão certificador internacional que desenvolveu a classificação por Tiers),operando com fornecimento de energia, climatização e comunicação redundantes.

O Projeto Civil foi executado em paredes de alvenaria maciça dupla, com uma camada de manta cerâmica entre elas. Adota portas corta fogo blindadas e vedadas nos acessos das salas e janelas panorâmicas frontais compostas de vidro balístico térmico. Garante o isolamento sem aumento da temperatura no seu interior por até 90 minutos, considerando um incêndio de até 1200 Cº de calor.

A Energia Elétrica e SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas) são prumadas e os encaminhamentos de energia são redundantes, desde a chegada da concessionária até a entrega final aos equipamentos que a consomem. Através de um caminho físico exclusivo o Data Center recebe a alimentação elétrica trifásica de uma subestação com transformador e grupo gerador construídos e alocados somente para este fim. Através de outra tubulação distinta também recebe a alimentação da subestação já existente na filial, a qual também é protegida pelo seu grupo gerador. Na sala de UPS (Uninterruptible Power Supply ou fonte de alimentação ininterrupta) quadros elétricos redundantes e intertravados mantêm o consumo somente pela prumada da subestação exclusiva do Data Center e em caso de interrupção no fornecimento de energia por parte da concessionária, bem como falha na entrada automática do grupo gerador, secciona a alimentação para a prumada da filial. Todo esse processo de chaveamento, bem como o seu retorno, é automatizado e acontece sem necessidade de interação humana ou interrupção do ambiente. A rede estabilizada é fornecida por nobreaks trifásicos redundantes e modulares individualmente (configuração N+1), possuindo capacidade total de 160kVA e cada qual operando com o seu próprio banco de baterias. O SPDA executado é do tipo ¿gaiola de Faraday¿, o qual funciona como uma blindagem elétrica e oferece um nível de proteção elevado para os equipamentos sensíveis acondicionados no interior do Data Center. O Telecom tem cabeamento estruturado metálico em cobre é de categoria 6 para atender à automação, seus diversos sensores e integrações. Já a comunicação entre servidores foi executada na categoria 6A, que possibilita velocidades de até 10 Gbps (10 bilhões de bits por segundo). Todos os racks também estão interligados nesta mesma velocidade por fibras ópticas OM3 HDMPO (Multi-fiber Push On), em tecnologia que permitirá atualização para a velocidade de transmissão de 40 Gbps quando esta se tornar um padrão de mercado. Os pontos de rede metálicos e de fibra óptica foram certificados em sua totalidade utilizando-se instrumentos de medição aferidos por entidades competentes e conforme requisitos e normas técnicas internacionais, estando em trâmite auditoria do fabricante dos produtos utilizados na obra com o objetivo de conceder a garantia estendida de 25 anos para o sistema de cabeamento.

O sistema de refrigeração do ambiente é de precisão, construído para trabalhar com grandes e constantes cargas de trabalho e calor sensível (gerado por máquinas) ao invés de calor latente (gerado por pessoas). Duas centrais de ar condicionado de precisão estão em operação funcionando de forma redundante e intercalada, controlando temperatura e umidade. O ar frio é lançado sob o piso elevado do ambiente e através de placas perfuradas posicionadas nos corredores frios ganha acesso às salas de telecom, equipamentos e UPS. Em seguida entra pela frente dos racks e equipamentos e depois de refrigerá-los é liberado nos corredores quentes. Como o ar mais quente é menos denso do que o ar frio ele também é mais leve e possui tendência a subir para junto do forro das salas. Neste local estão posicionadas grelhas cuja função é permitir o retorno do ar quente novamente para as máquinas de ar-condicionado, onde o ciclo recomeça.

O sistema de detecção, alarme e combate a incêndio é composto por sensores de fumaça e temperatura o sistema permite a detecção logo no início do incidente e atua automaticamente na extinção do fogo com o disparo de gás agente limpo FM -200®, armazenado em um cilindro de alta pressão, que após liberado em até 15 segundos, inunda todo o ambiente, atuando sem danificar os equipamentos e instalações de TI, bem como sem agredir as pessoas que porventura estejam no local. Ao mesmo tempo envia notificações através de automação e emite sinalizações sonoro visuais. Com o objetivo de oferecer um alerta o mais antecipado possível de um foco de incêndio em potencial o sistema ainda é dotado de um dispositivo de alta sensibilidade que opera continuamente analisando as partículas de ar através de detecção a laser, alertando situações anormais que lancem substâncias diferentes no ambiente, como por exemplo situações de aquecimento de fios, disjuntores e quadros elétricos.

O controle de acesso e segurança conta com portas de acesso blindadas e resistentes a arrombamento, possuem estanqueidade e fechaduras com 12 pontos de travamento, além de eletroímã. A abertura é comandada por chave computadorizada e biometria, as quais liberam os acessos aos diferentes ambientes conforme nível o nível de permissão pré-estabelecido, gravando o registro da data e horário em que foram realizados. O ambiente também dispõe de sistema de vídeo monitoramento e emprega câmeras IP (Internet Protocol ou Protocolo de Internet) de qualidade HD (High Definition ou Alta Definição) com visão noturna na área externa.

A automação deste sistema, através de inúmeros sensores de presença, temperatura, umidade, alagamento, abertura e fechamento de portas, medidores de energia e integrações por ModBUS (protocolo industrial de rede para comunicação entre dispositivos), SNMP (Simple Network Management Protocol ou Protocolo Simples de Gerenciamento de Rede) e contato seco permitem o monitoramento de todo o ambiente juntamente com grupo gerador, nobreaks, sistemas de ar condicionado, leitores biométricos, central de incêndio, entre outros. Todos estes dados são exibidos com uma visão integradae em tempo real em grandes telões, gerando alertas visuais e notificações para a equipe de retaguarda por e-mail, SMS e voz em caso de anormalidade ou medições que fogem dos limites pré determinados, bem como executa ações para manter o ambiente integro e operacional. Medidores de energia estão instalados nos quadros elétricos e monitoram o índice PUE (Power Usage Effectiveness), uma métrica internacional que determina a eficiência de um Data Center quando ao seu consumo de energia.

A execução do projeto ficou sob a gerenciamento da Bertolini do gerente de TI, Vanderlei Roman e do coordenador de Infraestrutura, Rovilso Lucas Schenatto.


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